quarta-feira, 19 de maio de 2010

O que é a lenda do Santo Graal?



É uma lenda que atribui poderes divinos a um cálice sagrado, que teria sido usado por Jesus na última ceia. Essa, porém, é uma versão medieval de um mito que surgiu muito antes da Era Cristã. Na Antiguidade, os celtas - povo saído do centro-sul da Europa e que se espalhou pelo continente - possuíam um mito sobre uma vasilha mágica. Os alimentos colocados nela, quando consumidos, adquiriam o sabor daquilo que a pessoa mais gostava e ainda lhe davam força e vigor. É provável que, na Idade Média, tal história tenha inspirado a lenda "cristianizada" sobre o Santo Graal. Na literatura, os registros pioneiros dessa fusão entre a mitologia celta e a ideologia cristã são do século 12. "As lendas orais migraram para textos de cunho historiográfico, desses textos para versos e dos versos para um ciclo em prosa", diz o filólogo Heitor Megale, da Universidade de São Paulo (USP), organizador do livro A Demanda do Santo Graal, que esmiúça esse tema.

Ainda no final do século 12, o escritor francês Chrétien de Troyes foi o primeiro a usar a lenda do cálice sagrado nas histórias medievais que falavam sobre as aventuras do rei Artur na Inglaterra. A partir daí, outros autores, como o poeta francês Robert de Boron, no século 13, reforçaram a ligação entre os mitos do cálice e do rei Artur descrevendo, por exemplo, como o Santo Graal teria chegado à Europa. Foi Boron quem acrescentou um outro nome importante nessa história: o personagem bíblico José de Arimatéia. Nos romances de Boron, Arimatéia é encarregado de guardar e proteger o Santo Graal. Apesar das várias referências cristãs, essas histórias não são levadas a sério pela Igreja Católica. "O cálice da Santa Ceia tem o valor simbólico da celebração da eucaristia. Já seu poder mágico é só uma lenda", diz o teólogo Rafael Rodrigues Silva, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Poderosa ou não, o fato é que essa relíquia cristã jamais foi encontrada de fato.

A jornada do cálice
Romances medievais contam que, de Jerusalém, ele teria sido levado para a Inglaterra

1. Em Jerusalém, durante a última ceia com os 12 apóstolos, Jesus Cristo converte o pão e o vinho em seu corpo e seu sangue - esse sacramento, denominado eucaristia, é um dos pontos máximos dos rituais cristãos. O cálice usado por Cristo nessa ocasião é o chamado Santo Graal

2. Após a última ceia, Jesus é preso e crucificado. Um judeu rico que era seu seguidor, José de Arimatéia, pede autorização para recolher o corpo e sepultá-lo. Antes, porém, um soldado romano fere o corpo de Cristo para ter certeza de sua morte. Com o mesmo cálice usado por Jesus na última ceia, José de Arimatéia recolhe o sangue sagrado que escorre pelo ferimento

3. Após sepultar o corpo de Cristo, José de Arimatéia é visto como seu discípulo e acaba preso, sendo recolhido a uma cela sem janelas. Todos os dias uma pomba se materializa no local e o alimenta com uma hóstia. Mesmo após ser libertado, Arimatéia decide fugir de Jerusalém e ruma para a atual Inglaterra na companhia de outros seguidores do cristianismo. Ele cruza a Europa levando o Graal

4. José de Arimatéia funda a primeira congregação cristã da Grã-Bretanha, onde se localiza a atual cidade de Glastonbury. Nos romances medievais, nessa mesma região ficava Avalon, o lugar mítico que guardaria depois o corpo do rei Artur. Arimatéia prepara uma linhagem de guardiães do Santo Graal, pois o cálice dá superpoderes a quem o possui. Seu primeiro sucessor nessa missão é seu próprio genro, Bron

5. Com o tempo, o Santo Graal e seus guardiães se perdem no anonimato. Quem tenta reencontrar o objeto é justamente o rei Artur, que tem uma visão indicando que só o cálice sagrado poderia salvar sua vida e também o seu reino de Camelot - que ficaria onde hoje há a cidade de Caerleon, no País de Gales. Leais companheiros de Artur, os cavaleiros da Távola Redonda saem em busca do cálice, sem jamais encontrá-lo
Monarca fictício
Histórias sobre o rei Artur se popularizaram no século 12

A cultura celta foi o ponto de partida não só do mito sobre o cálice sagrado, como também do personagem que tornou o Santo Graal popular no mundo inteiro. A criação do lendário rei Artur pode ter sido inspirada num homem de verdade, um líder celta, que teria vivido na Inglaterra por volta do século 5. Mas foi só a partir do século 12 que os primeiros textos com as aventuras de Artur e sua busca pelo Graal fizeram sucesso.
Formas imaginárias
O objeto já foi descrito das mais diferentes maneiras

Simples e redondo

A primeira vez que ele aparece num romance medieval é em Le Conte du Graal ("O Conto do Graal"), do francês Chrétien de Troyes, no século 12. Ele é descrito não como um cálice, mas como uma tigela redonda e simples

Luxuoso e talhado

Em outros textos, que permanecem de autoria desconhecida e são datados entre os séculos 12 e 13, o Graal aparece na forma de um cálice bastante luxuoso, talhado em 144 facetas incrustadas de esmeraldas

Divino e intocável

Em The Queste Del Saint Graal ("A Busca do Santo Graal"), texto do século 13 creditado ao francês Robert de Boron, o cálice é descrito como um objeto divino sem forma. Somente alguém puro e casto poderia tocá-lo.

Por Cíntia Cristina da Silva

terça-feira, 18 de maio de 2010

Uma viagem ao Egito


Uma equipe de cientistas conseguiu fazer uma reconstituição das feições de um dos faraós mais famosos do antigo Egito, Tutancâmon. Três grupos de peritos - franceses, egípcios e americanos - reconstruiram modelos separados mas semelhantes de como seria o rosto do faraó usando radiografias.
Os franceses e egípcios sabiam quem estavam recriando, mas os americanos não foram informados de onde vinha o modelo do crânio analisado.
Os modelos do menino-rei, morto 3.300 anos atrás, revelaram um jovem com bochechas rechonchudas e um queixo arredondado. Modelo do rosto de Tutancâmon, de acordo com cientistas dos EUA. Os modelos têm uma semelhança surpreendente com a máscara que cobriu a face mumificada de Tutancâmon quando seus despojos foram encontrados pelo arqueólogo britânico Howard Carter em 1922, e outras imagens antigas.

"Formatos de rosto e crânio nos modelos são notavelmente semelhantes a uma imagem famosa de Tutancâmon quando criança, onde ele é retratado como deus sol na alvorada partindo de uma flor de lótus", disse o secretário do Conselho Supremo de Antigüidades do Egito, Zahi Hawass.

Usando imagens de tomografia computadorizada de alta resolução, a equipe americana identificou corretamente que o crânio vinha de um norte-africano.

"As diferenças primárias (das reconstruções dos de americanos e egípcios) estavam no formato da ponta do nariz e orelhas", disse Hawass. Modelo antigo do rosto de Tutancâmon. As versões francesa e americana também traziam nariz e queixo de formato semelhante, mas a equipe egípcia chegou a um nariz mais pronunciado, de acordo com o arqueólogo. As imagens de tomografia computadorizada - as primeiras obtidas de uma múmia egípcia - foram obtidas em janeiro passado. Elas sugerem que o rei não era muito robusto, mas um homem saudável de 19 anos, quando morreu, provavelmente vítima de complicações resultantes de uma fratura na perna e não de assassinato, como se suspeitava. Quando foram feitas radiografias do corpo, em 1968, um fragmento de osso foi encontrado em seu crânio levando a especulações de que ele havia sido morto com um golpe. Pouco se sabe sobre os dez anos de reinado de Tutancâmon depois que ele sucedeu Akhenaten, que abandonara os velhos deuses do Egito em favor do monoteísmo.
Alguns historiadores dizem que ele teria sido morto por tentar trazer de volta o politeísmo. Outros acreditam que ele foi assassinado por Ay, o segundo em comando, e que acabou sucedendo o jovem faraó. Mas Hawass disse que está convencido de que Tutancâmon não foi assassinado.

sábado, 8 de maio de 2010

Regras para o Bem Viver !!!





1 – Dê mais as pessoas do que elas esperam e faça isso com alegria.

2 – Não acredite em tudo que você ouve, não gaste tudo que você tem, nem durma tanto quanto você queria.

3 – Quando disser "eu te amo" seja verdadeiro.

4 – Quando disser "sinto muito", olhe para a pessoa nos olhos.

5 – Nunca ria dos sonhos de outra pessoa.

6 – Em desentendimento, brigue de forma justa, não use palavrões.

7 – Não julgue as pessoas pelos seus parentes.

8 – Fale devagar, mas pense com rapidez.

9 – Quando alguém perguntar algo que você não quer responder, sorria e pergunte: "Por que você que saber?".

10 – Quando você se der conta que cometeu um erro, tome as atitudes necessárias.

11 – Quando você perder, não perca a lição.

12 – Lembre-se dos três "R": Respeito por si próprio, Respeito pelos outros, Responsabilidade pelas sua ações.

13 – Não deixe uma pequena disputa ferir uma grande amizade.

14 – Sorria ao atender o telefone. A pessoa que estiver ligando ouvirá isso em sua voz.

15 – Abra seus braços para as mudanças, mas não abra mão de seus valores.

16 – Lembre-se de que o silêncio, às vezes, é a melhor resposta.

17 – Leia mais livros e assista menos TV.

18 – Viva uma vida boa e honrada. Assim, quando você ficar mais velho e olhar para trás, você poderá aproveitá-la mais uma vez.

19 – Confie em Deus, mas tranque seu carro e as portas de casa.

20 – Uma atmosfera de amor em sua casa é muito importante. Faça tudo o que puder para criar um lar tranqüilo e com harmonia.

21 – Em desentendimento com entes queridos, enfoque sua situação atual. Não fale do passado.

22 – Reparta o seu conhecimento. É uma forma de alcançar a imortalidade.

23 – Seja gentil com o Planeta.

24 – Reze. Há um poder imensurável nisso.

25 – Se você ganhar muito dinheiro, coloque-o a serviço de ajudar os outros enquanto você for vivo. Essa é a melhor satisfação para a riqueza.

26 – Lembre-se que não conseguir algo que se deseja, às vezes é um golpe de sorte.

27 – Lembre-se que o melhor relacionamento é aquele onde o amor de um pelo outro é maior que a necessidade de um pelo outro.

28 – Julgue seu sucesso pelas coisas que você teve que renunciar para alcançá-lo.

29 – Lembre-se que seu caráter é seu destino.

30 – Ame muito, perdoe sempre. Essa é a receita da felicidade.

Fonte:
http://www.guia.heu.nom.br/m15.htm

Os cinco animais que mais reciclam








Enquanto os seres humanos insistem em jogar lixo no chão, resíduos recicláveis no compartimento de não recicláveis e também o contrário, certos animais fazem, naturalmente, um belo trabalho de reciclagem. É de se questionar quem é mesmo a espécie mais evoluída por aqui.

São eles, do quinto para o primeiro:

Esponjas – a espécie Halisarca caerulea cresce em cavidades escuras e profundas de recifes de corais e, segundo os cientistas do Royal Netherlands Institute for Sea Research, consomem carbono orgânico dissolvido na água em quantidade equivalente à metade de seu próprio peso, por dia. Elas utilizam esse carbono para produzir novas células – os coanócitos – que alimentam outros habitantes do mesmo recife. Isso significa que elas transformam energia perdida em alimento.

Aranhas – espécies que constroem teias arredondadas, como a Cyclosa ginnaga, as decoram com pedacinhos de folhas, pequenos galhos e outros resíduos de plantas e adicionam penugens e fios de seda para criar uma verdadeira obra prima para atrair suas presas.

Elefantes – são eles os responsáveis por comer as árvores de Natal antigas. Segundo Jeniffer Viegas, a prática está cada vez mais comum em diversos zoológicos ao redor do mundo.

Pássaros – usam desde gazes até fios de cabelo, passando por bolas de pêlo de gatos em seus ninhos e provam que os resíduos de uns podem ser matéria-prima para outros.

Escaravelhos
– Algumas espécies de besouros não só moram no cocô como também se alimentam dele. Impossível ganhar desses bichos no quesito reciclaglem!

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Sim, é possível aprender dormindo


Experiência mostra que sons ouvidos durante a fase mais profunda do sono podem ajudar no aprendizado

O aprendizado durante o sono sempre foi uma promessa vazia, sem comprovação científica. Mas um estudo realizado pela Northwestern University acaba de provar que, sim, é possível aprender dormindo. Voluntários foram expostos a 50 imagens, mostradas em sequência numa tela. Cada imagem tinha um som associado: a foto de um gato era acompanhada por um miado, uma dinamite por uma explosão, e por aí vai. Em seguida, os voluntários foram dormir.

Quando eles entraram na fase de ondas cerebrais lentas, em que o sono é mais profundo, os cientistas tocaram os sons (o miado, a explosão etc.). Metade dos voluntários ouviu esses sons enquanto dormia. A outra metade não.

Todos foram acordados e passaram por um teste de memória. Quem tinha sido exposto aos sons enquanto dormia se deu melhor - se lembrou de mais figuras e foi mais preciso quanto à posição de cada uma na tela. "Nossos resultados mostram que informações recebidas durante o sono podem influenciar a memorização", conclui o estudo, que confirmou uma descoberta similar feita por neurologistas alemães.

Isso não significa que seja possível aprender qualquer coisa durante o sono. Além disso, o aprendizado noturno exige que a pessoa tenha contato prévio, acordada, com o que deseja aprender. Ainda não chegou a hora de trocar os livros pelo travesseiro.

por Bruno Garattoni